terça-feira, 10 de novembro de 2009

Dewaneios amorosos

Quando eu tinha 14 anos estava, já fazia um tempinho, apaixonada por um menino. A gente saía
de vez em quando, mas nunca dava em "nada", se é que vocês me entendem (anos depois descobri o porquê. rsrsrs). Mesmo, assim, eu insistia, porque gostava bastante dele.

Aí um dia, conversando com uma amiga, que, na época, era meu exemplo de pessoa madura e experiente, surgiu uma pergunta da parte dela: "Tu ama ele?" Em princípio, aquilo me chocou, fiquei meio sem saber o que dizer e respondi que me considerava apaixonada. Ela, percebendo minha estranheza e, tentando clarear as coisas, indagou: "Tu te imagina com ele daqui a muitos anos, acordando ao lado dele, velhinha com ele, etc?" Aí então que já não sabia mais nada. Achei que minha amiga estava viajando, porque, na minha cabeça, isso não existia; afinal, como imaginar uma coisa a tão longo prazo, como saber o quão duradouro seria o sentimento? Diante da minha incompreensão, a amiga respondeu:"Então tu não ama ele."

Cerca de um ano depois tive a felicidade de descobrir do que essa amiga falava. Tudo o que me parecera absurdo antes, agora me soava familiar. Passei a me imaginar com a pessoa amada
em todas aquelas cenas que o Paul descreve em "When I´m 64" e realmente acreditar nisso. Aí me dei conta: eu amava aquele que me fizera sentir tudo isso. Dessa vez não era apenas uma paixonite. Era amor. (pieguice ON )

Passou um tempo e fiquei confusa, senti saudade da paixão, já que me acostumara com o amor. Aí decidi que queria experenciar de novo toda aquela sensação do friozinho na barriga, do nervosismo, dos calafrios, das risadinhas, enfim, vocês devem saber do que falo! Aí larguei o amor e fui atrás dos flertes. Posso dizer que paixão, pra pessoas românticas, como eu, da pra encontrar em qualquer esquina..rsrsrs ouquei, não é pra tanto, mas procurando, se encontra. Agora AMOR, aquilo que dura quando passa a paixão.... nossa, me pergunto se aparece mais de uma vez na vida....

E agora,uma justificação, porque já imagino a Laura se manifestando "mas tu dizia pro Fulano eu te amo!" : por mais que a gente diga "eu te amo" frequentemente sem amar o próximo e sim estando apaixonados, isso se deve à falta de um verbo adequado para se conjugar com o pronome. Não há como dizer "eu te apaixono", não existe isso! Então banalizamos o uso do "amo", mesmo sabendo que nem sempre está relacionado a esse sentimento.

Ouquei, encerro meu dewaneio piegas por aqui. Imagino que talvez algumas de vocês já tenham sentido o que eu sinto, outras não... então que sirva de identificação pra umas e aprendizado pra outras (ui! me senti experiente...hahahaha) =D

3 comentários:

Diebold; Augusta disse...

adorei :')

dewanessas disse...

posso dizer com certeza absoluta: te entendo perfeitamente.

(bel)

Unknown disse...

sabia que tu entenderia, bel.